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Estamos em fase de construção, para melhor, atendermos aos nossos visitantes. Desde já, agradecemos pela visita! Este blog, é direcionado a arte do artista nordestino Newton Avelino, e os costumes do nordeste brasileiro.

domingo, 1 de janeiro de 2023

LAVADEIRAS AS MULHERES DOS RIOS DENTRO DO CONTEXTO DAS ARTES REGIONAL DO NORDESTE BRASILEIRO QUE VALORIZAM A ARTE E A CULTURA E A HISTÓRIA

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AS MULHERES QUE LAVAM ROUPAS NOS RIOS E NOS CÓRREGOS, NOS AÇUDES E RIACHOS, NOS BARREIROS E CACIMBAS DO NORDESTE BRASILEIRO




          Era bem fácil, identificar as lavadeiras do sertão nordestino, pois, algumas, na maioria das vezes na totalidade, pegavam suas trouxas de roupas colocavam na cabeça e desciam para o rio, açude ou mesmo para algum barreiro que tivesse mais próximo das suas casas que ficam na caatinga (tipo de vegetação do semi árido nordestino.) Na paisagem sertaneja, era comum, ver essas mulheres, em seu ofício do dia a dia.  
                                    

          Acompanhadas dos filhos pequenos, elas tinham um propósito, uma determinação que no final das contas, virava arte e cultura que terminava fazendo parte da cultura regional do nordeste brasileiro. Direta ou indiretamente essas personagens do dia a dia da história do cotidiano local, se tornavam a peça principal desse teatro a céu aberto que é as nossas vidas. Mesmo algumas sem saberem ler ou mesmo que soubessem, elas eram e sempre foram o foco principal de determinado contexto dentro da cultura regional do nordeste brasileiro. Isso com o passar dos anos como em quase todo seguimento, infelizmente foi ficando obsoleto porque a tecnologia vem avançando dentro dos costumes rudes e tradicional dentro da nossa cultura. Pois, bem! 


       Essas lavadeiras que além de uma história bonita e rica culturalmente, levavam seus filhos para as beiras dos rios, riachos, açudes ou barreiros, onde elas iam trabalhar, e essas crianças ficavam brincando entre elas, mas também, no final das contas elas também ajudavam a mãe, carregando feixe de galhos secos na volta para a casa. Antigamente, também existia a lavadeira urbana, que trabalhavam na cidade em casas de patroas, e que cobravam por peça de roupa, já lavada e engomada a base de ferro a carvão. Tudo isso, fazia parte da cultura popular do nordeste. Hoje, ainda temos esse tipo, trabalhadoras, mas não tão forte, como antes. As cenas das lavadeiras do sertão, em seu habitat natural, lavando as suas trouxas de roupa em pedras ao longo de algum rio ou riacho, ou até mesmo barreiros quando eles ainda têm um pouco de água, tudo isso acompanhado de uma cantoria e quando terminavam, deixavam as roupas estendidas nas pedras do leito do rio ou onde estivesse lavando. A cena fazia parte do cotidiano sertanejo. Enquanto as lavadeiras lavavam as roupas, seus filhos brincavam dentro do rio. Hoje com a modernidade isso vem diminuindo, mas com certeza, essa imagem ficará pra sempre no instinto cultural do nordeste brasileiro. O ofício de lavar roupa à beira do rio, dos açudes, dos barreiros, das cacimbas e dos pequenos açudes, ainda é resguardado por centenas de mulheres sertanejas na região do nordeste brasileiro.


        Elas acordam cedo, com o raiar do “sol dessa região”, pega o sabão negociado com a patroa e parte com as trouxas de roupa na cabeça para lavarem essas roupas, onde puder ter água, por mais que seja a escassez de água. Juntos com elas mantêm a tradição de “bater a roupa” na pedra e deixá-la “quarar”. O colorido das roupas na pedra quarando ao sol é um cenário que encher aos olhos a beira das águas de rios, açudes, pequenos barreiros e cacimbas, essa é uma tradição secular que passa de mãe para filha nos rincões do Nordeste brasileiro. Essa paisagem vem acompanhada de crianças brincando com outras crianças a beira dessas poucas ou muitas águas que ainda existem nas sub-regiões nordestinas, tais como: meio norte, sertão, agreste e zona da mata. Como o ano foi bem chovido, e que Deus fez chover nesta região, é claro que essas mulheres de fibra por onde estiverem dentro do sertão nordestino, elas estarão fazendo o seu trabalho com fibra, dedicação e amor, porque elas são parte essencial dentro de um contexto rico da cultura nordestina.